quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Os golos do Barcelona no Barnabéu - Gestão do jogo entre linhas




No último post havia alertado para algumas questões defensivas do Real Madrid que mereciam reparo e creio ser justo dizer que o Barcelona, no último sábado, conseguiu expor as fragilidades madrilenas sem bola.

Ainda assim creio que existe mérito na forma como o Barcelona desconstruiu de forma permanente a oposição que encontrou. Soube explorar a tendência com os que médios madrilenos no corredor central têm para ser atraídos ao portador da bola iniciando uma pressão que não é coordenada com a restante equipa, não admira por isso que Busquets esteja nos quatro golos e ao longo do jogo tenha tido espaço e tempo para dirigir jogo.

Na minha opinião, um dos aspectos que pode receber maiores elogios no jogo do Barcelona foi a forma como a equipa fez uso do espaço entre linhas (potenciado pelos jogadores da frente que, à vez, forçavam a linha defensiva do Real Madrid a baixar). Desde logo, a forma como quem se encontrava fora do bloco adversário teve mais tempo para dirigir jogo dada as constantes penetrações da linha média que arrastavam adversários, depois o timming correcto de quem entrava nesse espaço e o critério de quem tinha bola (Iniesta no 2º e 3º golo, Neymar no 3º), ora quando de costas a procurar apoio frontal, ora a procurar apoio/profundidade. E aqui chegamos a um ponto que considero essencial, a dinâmica quando a bola entrava dentro do bloco adversário, ao contrário do que por vezes acontece em várias equipas, o Barcelona conseguiu quer através de movimentos à profundidade, quer por inserções de trás para a frente (tendo em conta a linha média adversária) assegurar apoio ao portador da bola e assim não perder fluidez na circulação através de constante reacção ao seguimento que a bola tinha, com gestão interessante entre afastar e aproximar de quem tinha bola.

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