sexta-feira, 20 de junho de 2014

Espanha vs Chile - O Ataque ao Último Terço. A Fragilidade Espanhola

Começo por fazer referência ao que foi escrito no jogodirecto não só por concordar na íntegra, mas para destacar o "volume de erros técnicos" que prejudicou a posse espanhola e que foram de todo inesperados e invulgares.

O video e o motivo deste post, prendem-se com a incapacidade demonstrada pelos espanhóis em circular a bola com qualidade no meio-campo adversário, mesmo em circunstâncias aparentemente vantajosas. Ao contrário da Holanda, o Chile optou por pressionar mais à frente incomodando os centrais, o que levou a Espanha em algumas ocasiões a procurar o jogo directo, mas também permitiu chegar ao meio-campo chileno com frequência assinalável, ainda que a linha defensiva chilena (muitas vezes de 5 elementos), baixasse consideravelmente diminuindo o risco de passe para as suas costas.

Com a pressão alta do Chile a Espanha procurou garantir presença fora do bloco para fazer a sua habitual circulação de bola. Iniesta baixou para junto de Alonso e Busquets com alguma frequência e Silva também se chegou a juntar. Isto fez com que  Diaz e Aránguiz se adiantassem para pressionar, partindo o bloco chileno deixando muito espaço entre linhas. Mas aqui começavam os problemas espanhóis. Com tanta presença atrás e muitas vezes com Pedro e Diego Costa preocupados em assegurar profundidade a verdade é que a Espanha criou espaçou mas não teve aí grande presença. Com alguma frequência jogadores recebiam bola entre linhas, já próximos da área adversária mas com poucas soluções para dar seguimento aos lances. Diego Costa, David Silva e Iniesta passaram por esta situação. Fundamentalmente, e talvez devido à ânsia do resultado, a Espanha não soube temporizar entre linhas e assegurar o devido apoio algo que fazia com qualidade em tempos não muito distantes

Já havia sido algo visível contra a Holanda e voltou a repetir-se. A tentativa de procurar Diego Costa na profundidade quando existiam poucas condições para o espanhol receber bola, nomeadamente porque a defesa chilena baixava (nota para o pouco critério de Silva). Depois se a largura de Pedro permitiu mais espaço ao meio, a verdade é que também procurou profundidade em situações onde talvez se pedisse um apoio mais dentro ao colega entre linhas. Silva e Iniesta, principalmente na primeira parte coincidiram várias vezes à esquerda, o que retirou à Espanha fluidez na circulação de bola, mas também dificultaram mudanças de corredor no meio-campo  adversário, que voltaram a não acontecer. 

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