quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A 1ª parte do PSG no Barnabéu




Digna de registo a primeira parte do PSG no jogo de terça-feira frente ao Real Madrid. Quer pela quantidade de vezes que ameaçaram a baliza de Navas, quer pela escassa quantidade de oportunidades que permitiram aos madrilenos neste período.

Com pretensão de ter bola, os franceses colocavam os 3 médios (Motta pivô, Verratti e depois Rabiot à esquerda e Matuidi à direita) inicialmente fora do bloco adversário, alternando na proximidade à largura. Di Maria, ala direito, permanentemente por dentro com possibilidade de Cavani também se juntar neste espaço como apoio frontal, bem como Ibrahimovic. Alias, nota para a variabilidade à esquerda, com Cavani e Maxwell a alternarem na largura, com o brasileiro a adiantar-se assim que o colega ia para dentro

Destaque natural para Matuidi. Com 3 médios a começarem fora do bloco, onde ocasionalmente se juntava Cavani, seria fácil ao PSG ficar sem gente à frente para dar seguimento aos ataques acabando quem recebesse entre linhas por ficar em desvantagem, daí a importância dos movimentos do francês, que esteve muito bem nos movimentos de inserção de trás para a frente com bom timming juntando-se a Di Maria dentro do bloco adversário num primeiro momento, e depois ao procurar a profundidade em espaço interior no último terço o que fez a linha defensiva madrilena baixar e permitiu a colegas receberem a bola por dentro de frente para a linha defensiva adversária.

É verdade que a vida do PSG ficou facilitada porque o Real Madrid defendia com duas linhas de 4, sendo que, os dois da frente não baixavam muito, o que permitia aos médios franceses dirigirem o jogo com mais espaço, mas não deixa de ser relevante o critério na escolha do portador da bola bem como a mobilidade dos restantes companheiros, se alguém recebia entre linhas sem apoio procurava os apoios recuados, por exemplo. Apesar de raramente se expor nas suas costas, foi complicado para o Real controlar esta dinâmica, nomeadamente com a presença entre linhas e a liberdade de Di Maria que tinha sempre gente com quem combinar. Aliás um dos pontos mais interessantes da exibição do PSG passa mesmo pela constante mobilidade e capacidade de recuo dos da frente não interferir nalguma possível falta de movimentos à profundidade que poderiam condicionar a fluidez da circulação de bola

Por fim, o PSG também causou dificuldades em transição, fazendo uso de Ibrahimovic como apoio frontal óptima referência (muito bom no timming de "sair" dos defesas adversários para ocupar o espaço livre).  Mesmo nestas circunstâncias preocupação com aparecer alguém à profundidade que acabe por criar espaço para jogar. Nota para a facilidade com que colocam rapidamente vários jogadores na área madrilena em condições de finalizar

1 comentário:

  1. Também gostei do registo ofensivo do PSG, mas o defensivo deixam um bocado a desejar. Acho que há espaço a mais à frente da defesa e controlam mal a largura. Mas ofensivamente sendo que apenas vi este jogo dos franceses gostei da dinâmica e da procura constante do espaço interior. Resta saber se este modelo é fruto das ideias do treinador se dos jogadores escolhidos neste caso em concreto, pq nem sempre se viu o psg com esta procura pelo corredor central.

    Tenho só de fazer um pequeno à parte:

    COMO É POSSIVEL O CASEMIRO FAZER PARTE DESTE PLANTEL DO REAL MADRID???
    Fazer parte do 11 deveria dar prisão para o grande Benitez. É incrível o desconhecimento do jogo q este jogador tem e a quantidade de erros posicionais que soma ao longo de um jogo.

    Gostava também de salientar o pouco q joga esta equipa do Real, tudo bem que têm alguns jogadores importantes fora, Benzema é meio ataque, mas a pobreza de ideias é latente.

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