sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

3 Centrais e o Espaço à Frente da Linha Defensiva

Em Itália, várias equipas utilizam estruturas com 3 centrais. Frequentemente, os "exteriores" juntam-se à linha defensiva, criando uma linha final de 5 jogadores.

Boa parte das equipas que opta por esta estrutura, não tem especiais preocupações em colocar dificuldades ao ataque adversário, através de fora de jogo, sentindo-se confortáveis com situações de cruzamento, onde pela linha de 5 jogadores, têm evidentes vantagens.

Ontem, no 1º golo do Viktoria Plzen frente ao Nápoles, é possível verificar o posicionamento a 5 dos últimos homens italianos. Ao contrário do que acontece em outros campeonatos, ao inicial passe para trás do jogador checo, a linha defensiva do napolitana não se adiantou, mas até recuou, acompanhando o movimento dos avançados em zona de finalização. 

Mas o mais interessante neste lance, é a forma como Darida tem espaço para fazer o remate que origina o golo. Não obstante, o posicionamento discutível e alguma displicência de Dzemaili (o jogador que se encontra à entrada da área e vai pressionar Darida muito tarde), é visível o espaço que existe entre a linha defensiva e os restantes elementos da equipa. É aí que o jogador checo aparece para fazer o golo.
Como é visível em Itália, uma linha defensiva de 5 elementos, facilmente torna forte uma equipa em situações de resposta a cruzamento, e dificulta bastante o aproveitamento do espaço quer nas costas da defesa, quer espaços interiores como central e lateral (até porque, equipas que jogam desta forma, normalmente a linha defensiva posiciona-se próxima da sua baliza), no entanto, existe alguma negligência com o espaço à frente da linha defensiva, nomeadamente à entrada da grande área. Talvez por se considerar que uma resposta rápida à 2ª bola é suficiente para dificultar o remate. Como se vê neste golo, nem sempre isso acontece.

Por fim, acrescentar que esta estratégia está também muitas vezes associadas à tentativa de aproveitar o contra-ataque. Com a baliza "guardada" por 5 jogadores, em zonas recuadas, mais dois ou três apoios , e com o consequente adiantamento adversário, existe espaço (e vários atacantes disponíveis) para atacar rapidamente a baliza contrária. Em Itália, o Nápoles com Cavani, Pandev e Hamsík, é um dos expoentes máximos desta estratégia

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