Dadas as circunstâncias, o Portugal vs Gana seria sempre um jogo onde ambas as equipas teriam como prioridade ao longo da partida chegar ao golo, o que deixava antever um jogo aberto. Portugal foi sempre quem melhor pareceu adaptado a estas necessidades ao longo da partida, não comprometendo desde cedo, outros aspectos para atingir o objectivo.
O video, que não contem lances da 2ª parte por impossibilidades técnicas, traz alguns lances onde é visível a forma como facilmente o Gana defende com sete e até seis jogadores no último terço durante algum tempo, permitindo a Portugal entrar dentro da sua estrutura com alguma facilidade.
Factor chave para esta situação o facto de os extremos ganeses (André Ayew e Atsu) não baixarem para junto dos dois médios ou quando o faziam não fecharem o corredor central ocupando espaço interior. O Gana defendeu em vários momentos com a linha defensiva mais os dois médios-centro próximos da sua área o que levantou naturalmente alguns problemas.
Portugal retirou algum proveito desta estratégia ganesa. Em fases precoces de construção conseguiu soltar o lateral, nomeadamente João Pereira, que se viu em condições de transportar a bola (e o jogo) para o meio-campo ganês, foi assim que o lateral do Valência cruzou para a oportunidade desperdiçada por Ronaldo. Quando construiu pelo meio, e porque passada a primeira fase de pressão nem sempre os avançados africanos participavam defensivamente, Portugal foi encontrando com alguma frequência espaço entre linhas, e mesmo quando a bola entrava aí, muitas vezes os extremos ganeses não baixaram para auxiliar defensivamente. Mesmo com construção central a última solução passou quase sempre por procurar a largura e consequente cruzamento também porque a linha defensiva baixava bastante. Ainda assim e dado o espaço "oferecido" Portugal ter tentado outras hipóteses com maior frequência como o passe para trás (último lance do video) ou a procura do espaço em profundidade entre central e lateral, para dar alguns exemplos
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