(Nota: Fugindo do tema sobre o qual habitualmente escrevo no blog é impossível não referir a homenagem prestada às 96 pessoas que faleceram na tragédia de Hillsborough. Na semana em que passaram 25 anos, todos os jogos ingleses começaram 7 minutos mais tarde que o habitual sendo o ambiente que antecedeu o inicio da partida em Anfield bastante emotivo, tendo o Manchester City participado, quer institucionalmente quer através dos seus adeptos, na homenagem prestada pelo Liverpool, exemplo seguido por bastantes clubes ingleses. Com tudo o que de simbólico significou este episódio no futebol inglês, é comovente a solidariedade unânime na celebração da efeméride, provando que a memória colectiva é parte integrante da história de um povo)
Tendo o Liverpool conseguido com facilidade entrar no espaço entre linhas, foi mais complicada a definição no último terço. Mais uma vez a capacidade de defender com poucos próximo da sua baliza do Manchester City foi decisiva. Várias vezes os Sturridge, Sterling e Suarez apareceram no meio com bola controlada e aparente espaço para progredir sem, no entanto, conseguirem retirar de facto proveito da situação. Desde logo, a ausência de largura, com os três jogadores no corredor central não havia quem causasse duvida no posicionamento defensivo adversário. Por outro lado, a ausência de inserção dos dois médios (Henderson e Coutinho) que ao não se adiantarem deixavam os colegas em situação desvantajosa (ainda que o Liverpool permanecesse equilibrado quando perdia bola). Nota para alguma falta de critério do homem com bola, nomeadamente Sterling, que preferiu quase sempre a progressão quando existiam poucas condições e o mais sensato seria procurar jogar atrás.
O Manchester City demorou a impor-se no meio-campo adversário (a espaços na primeira parte, mais frequente na segunda parte em desvantagem). No entanto quando o fez, chegou com frequência ao último terço adversário. Os citizens envolveram sempre muita gente no ataque (o que também acabou por permitir alguns contra-ataques), com especial destaque para Fernandinho que após a saída de Touré se adiantou com bastante frequência. O City aproveitou a falta de cobertura nas alas por parte do Liverpool e a partir daí entrou com facilidade no espaço entre linhas.
O Manchester City variou constantemente o corredor de jogo, situação facilitada pela pouca presença da linha média do Liverpool. No entanto, foram verdadeiramente perigosos quando após variação, ao lateral e extremo se juntou um médio para aproveitar o espaço deixado livre (situação do segundo golo). Nota final para o ataque a zonas de finalização, onde o City soube explorar o facto de a linha defensiva do Liverpool baixar constantemente existindo espaço à sua frente para finalizar.
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