Certamente existem muitos pontos que merecem análise nos jogos da Liga dos Campeões que ocorreram esta semana. Assim será sempre que equipas de topo europeu se defrontam.
Não obstante, uma das questões que chamou a atenção, e que está longe de ser nova, é a mobilidade que os jogadores do meio-campo de Bayern e Barcelona apresentam, nomeadamente em fases precoces da construção. Apesar das demais diferenças há um ponto em comum que merece análise: a grande presença de jogadores no corredor central de frente para a linha média adversária, seja no caso do Bayern uma sub-estrutura mais fixa: Martinez-Kroos-Alcântara, ou do Barcelona onde a Busquets e Xavi, se juntavam alternadamente, Fabregas ou Iniesta. Nota ainda para uma diferença: os três jogadores do Barcelona tendiam para jogar mais próximos entre si que os alemães, que garantiam alguma largura.
Não se pense que esta "sub-estrutura" era fixa, e que os seus elementos não apareciam entre linhas. Pelo contrário. As penetrações sem bola para esse espaço foram decisivas para o sucesso dos ataques. À atracção normal que a presença de jogadores de meio-campo em zonas tão recuadas provocava no adversário, Bayern e Barça souberam fugir da pressão com a inserção constante entre linhas de um (ou por vezes mais) destes três jogadores. Mais uma vez realçar a importância dos timmings de entrada entre linhas e da diferença entre "estar e aparecer" nessa zona.
Ainda que existam semelhanças as diferenças são também evidentes. Como é referido no Jogo Directo o Bayern procurou garantir presença entre linhas através dos extremos que andaram por zonas muito centrais. O Barcelona, também pelo constante recuo de Messi que por vezes ficava próximo do trio acima referido, e Iniesta que abandonava a esquerda para procurar o corredor central, não garantia muita presença no último terço para responder às entradas de bola (facto também observado no Jogo Directo), solicitou constantemente os laterais que apareciam à profundidade. Sendo verdade que tiveram algum sucesso neste movimento porque com tantos jogadores ao meio, a linha média do City, ainda para mais com menos um jogador, foi forçada a compactar no corredor central
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