Na pré-temporada prometeu ser uma das maiores inovações de Moyes, o adiantamento da linha defensiva do Manchester United em relação ao passado recente. Mas a adaptação dos jogadores não terá sido a melhor e no jogo frente ao Swansea (e, já agora, também ontem com o Chelsea) os red devils voltaram à primeira forma e ao conservadorismo habitual neste aspecto do jogo.
Ferdinand e Vidic são talvez a melhor dupla de centrais a responder a cruzamentos, quando a equipa está em bloco baixo. Como se pode ver no video o United está mais do que preparado para este tipo de abordagem. A juntar à qualidade individual dos centrais (quando um, ou até os dois não jogam a equipa ressente-se neste e noutros aspectos) todos os outros jogadores parecem saber exactamente o que fazer para não expor a linha defensiva aos cruzamentos contrários.
Em desvantagem na 2ª parte, o Swansea, entrou em 4x4x2 clássico com os alas, Dyer e Pablo Hernandez, muito por dentro, e com os avançados, nomeadamente Michu, disponíveis para recuar e jogar entre linhas. Com muita gente no corredor central, a bola acabava à direita ou à esquerda, no último terço, nos laterais gauleses com boas condições para cruzar, por norma, sempre a 3/4 do campo.O United deu o controlo do jogo ao Swansea resguardando ao máximo a sua linha defensiva de situações com cruzamento.
Linha defensiva muito bem coordenada. Centrais e lateral faziam uma pequena diagonal em relação ao jogador que saía ao portador da bola (normalmente Phil Jones ou Evra). O jogador mais próximo do lateral Swan, tinha como missão impedir cruzamento para o espaço entre a linha defensiva e o guarda-redes De Gea. Centrais e lateral do lado contrário muito próximos entre si, atacavam quase sempre a bola de frente e controlavam assim os cruzamentos contrários. Alguma (natural) vulnerabilidade na zona do 2º poste, mas laterais rápidos a sair para essa zona quando foi necessário. Nota para os médios de corredor central, nomeadamente Carrick sempre juntos à linha defensiva, assegurando que a bola não entrava no espaço à sua frente.
Curioso constatar o contraste com o que se passou em Alvalade no dia seguinte com o Arouca. A fazer a estreia na Liga, viu-se uma maior propensão para a referência individual, não preocupação com a proximidade entre centrais e lateral do lado contrário ao do cruzamento, com este último por várias vezes "desligado" dos centrais, e a frequência com que o Sporting conseguiu cruzar para o espaço entre linha defensiva e guarda-redes, com os médios do corredor central a não recuarem expondo ainda mais a linha defensiva
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