terça-feira, 6 de agosto de 2013

Chelsea de Mourinho - Primeiras Impressões



Consistência é a palavra que surge ao ver o jogo que o Chelsea realizou frente ao Milan. É perceptível o dedo de Mourinho, seja na solidez defensiva patente na boa reacção ao jogo entrelinhas adversário, seja no momento em que o Chelesa ganha bola, e a facilidade com que coloca vários jogadores próximos da área adversária rapidamente

A atacar realce para a mobilidade dos três médios ofensivos, (na primeira parte Hazard à esquerda, Óscar no meio e De Bruyne à direita) que jogam atrás do avançado. Não só os belgas procuravam o corredor central, com frequência para combinarem com Óscar, como o brasileiro descaia nos corredores laterais, sendo exemplo máximo desta última situação o primeiro golo. Nota também para o facto de De Bruyne procurar o corredor contrário ao seu co-habitando com Hazard à esquerda, e até Óscar, veremos se para continuar. Mas parece certo que os três da frente têm como função, e objectivo, jogar próximos uns dos outros. A rever a função do duplo-pivô. Não muito activo nas fases precoces da construção (o Chelsea optou várias vezes por jogar longo), é referência para circular bola por trás  mas também não muito utilizado. Os londrinos quando jogam longo procuram fazê-lo com critério, estando preparados para a 2ª bola.

Sem bola já bastante qualidade dos londrinos. 4x4x2 num bloco médio, os dois jogadores mais avançados tentam impedir o jogo pelo meio, condicionando o central com bola a progredir já próximo da linha lateral. Zona de pressão bem definida à entrada no seu meio-campo em zonas laterais, com o duplo pivô, por norma devidamente basculado e linha defensiva próxima. Extremos disponíveis para recuar e defender. Maiores dificuldades quando Milan conseguiu ultrapassar barreira dos avançados e jogou no corredor central, ainda que de frente para o duplo pivô (e portanto fora do bloco londrino). Nota para a linha defensiva. Postura conservadora em relação à profundidade (se não estou em erro, apenas um fora-de-jogo assinalado ao Milan), sempre bem coordenada, mesmo quando exposta com capacidade para temporizar as acções italianas no último terço.

Outro aspecto a considerar é a capacidade que o Chelsea revelou em transição ofensiva. Pese embora a exposição Milanesa na 2ª parte, não deixa de ser assinalável a competência londrina neste aspecto. Quando recuperam a bola, jogam facilmente a um/dois toques, preocupação em dar soluções à largura (algumas situações de 1x1 na procura da referência à largura ao longo do jogo) e vários jogadores a chegar rapidamente à área contrária. Faltará ainda afinar a definição no último terço que não terá sido a melhor

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