O lance que trago em video termina com o 3º golo do Sporting em Braga no passado fim-de-semana e é relativamente fácil de explicar. Luiz Carlos tenta mudança de corredor com passe à largura para lateral esquerdo que se inseria simultaneamente. João Mário acompanha e intercepta bola, imediatamente William Carvalho percebe o espaço entre linhas na transição defensiva do Braga ocupando esse espaço recebendo bola e depois procura Slimani nas costas da linha defensiva estando o desequilíbrio criado.
William Carvalho é tido como um jogador "lento" e "pouco intenso", que "joga parado". Daí a necessidade de definir o que é, ou pode ser, intensidade em futebol. No caso concreto, quando João Mário recupera a bola, William é o primeiro a perceber o espaço vazio e no timming correcto desloca-se dando opção ao colega para passe vertical. A rapidez com que percepcionou o lance permitiu-lhe não só ser o primeiro a chegar como ter mais espaço e tempo para definir a jogada (nota para a preocupação em receber bola já de frente para a baliza bracarense).
Certamente existem jogadores velozes e "intensos" no sentido tradicional do termo que ganham vantagem por isso. Mas, no meu entendimento, será um erro menosprezar a intensidade que se manifesta na percepção do espaço a ocupar, principalmente quem o faz no timming adequado, porque para este tipo de jogador mais que a velocidade de deslocamento interessa o momento e as condições em que recebem a bola, sendo nestas circunstâncias que ganham vantagem.
William Carvalho, apesar dos altos e baixos deste ano, parece-me estar neste lote de jogadores, e se a isto juntarmos o critério que revela quando tem bola nomeadamente a variabilidade de linhas de passe que procura com a melhoria em transição defensiva notória nesta última época, é justo dizer-se que estamos perante um pivô de topo do futebol europeu
Certamente existem jogadores velozes e "intensos" no sentido tradicional do termo que ganham vantagem por isso. Mas, no meu entendimento, será um erro menosprezar a intensidade que se manifesta na percepção do espaço a ocupar, principalmente quem o faz no timming adequado, porque para este tipo de jogador mais que a velocidade de deslocamento interessa o momento e as condições em que recebem a bola, sendo nestas circunstâncias que ganham vantagem.
William Carvalho, apesar dos altos e baixos deste ano, parece-me estar neste lote de jogadores, e se a isto juntarmos o critério que revela quando tem bola nomeadamente a variabilidade de linhas de passe que procura com a melhoria em transição defensiva notória nesta última época, é justo dizer-se que estamos perante um pivô de topo do futebol europeu
De topo parece-me um bocado puxado ( falta-lhe criatividade). Mas, com o tempo, poderá vir logo a seguir.
ResponderEliminarTendo em conta aquilo que se espera de um pivô em termos de criatividade, creio que não será por aí que William Carvalho não atingirá o topo. Quanto a mim, até se pode considerar uma das suas melhores características. Procura passe entre linhas com a mesma facilidade com que lateraliza o jogo. Tem facilidade em descobrir o homem livre, e até avança quando a situação exige.
ResponderEliminarObrigado pelo comentário